Viaduto Millau

Solução inteligente

Viaduto Millau ou Millau Bridge, mais que uma solução para o trânsito local, foi uma obra que ficou conhecida Mundialmente por sua Elegância. A obra era a mais alta ponte rodoviária do mundo, com 343 metros de altura, perdendo somente para a recém inaugurada Ponte de Beipanjiang que fica à 565 m de altura. Está localizada no Sul da França e foi projetada sobre o vale do rio Tarn dando suporte para o tráfego entre Paris e Barcelona.

Projetada pelo arquiteto Norman Foster e pelo engenheiro especializado em pontes Michel Virlogeux, teve sua inauguração em Dezembro de 2004.

Construção de Ponte com Palitos

Antes de sua construção, aqueles que faziam este trajeto de Paris á Barcelona precisavam descer até o vale do rio Tarn, causando grandes congestionamentos.

Com a nova Ponte que hoje faz a ultima ligação entre Clermont-Ferrand à região do Lanquedoc e a Espanha, os custos de transporte reduziram consideravelmente.

O Projeto do Viaduto

Os primeiros estudos para compor o viaduto datam de 1987, no entanto, somente em 1996 é que se obteve um consenso quanto à abordagem técnica e arquitetônica da obra.

O viaduto Millau é formado por oito trechos construídos em aço, suportados por cabos estaiados escorados em sete pilares de concreto armado, que sustentam o tabuleiro de 2460 metros de extensão. É a maior pista suportada por cabos no mundo, pesando 36 mil toneladas, com 32 metros de largura e 4,2 m de espessura, onde comporta duas faixas de tráfego de cada lado.

Cada um dos seis vãos centrais medem 342 m e os outros dois, das pontas, 204 m cada. A pista de rolamento tem uma declividade de 3%, com curvas suaves de 20 km de raio, o que dá aos motoristas, excelente visibilidade.

Os pilares do viaduto medem de 77 m á 246 m, com a seção variando de um diâmetro de 24,5 m na base até 11 m no alto pesando 2230 toneladas cada.

Planejamento

A fim de otimizar o tempo de obra, os pilares foram construídos todos ao mesmo tempo. A economia também aconteceu na utilização do concreto: os pilares são vazios, já que o concreto no centro destes tem participação mínima na resistência da estrutura.

Por fim, foram montados os mastros para sustentarem os cabos de aço. Com 90 m de altura, os mastros foram colocados a partir de uma técnica que faz o levantamento das estruturas por duas torres de aço equipadas com um sistema hidráulico.

O piso da ponte foi construído no solo, no final do viaduto e deslocado lentamente de uma torre até a outra, com sete torres temporárias, em aço, provendo sustentação adicional. O deslocamento deu-se por um sistema hidráulico que empurrava lentamente as seções do tabuleiro: a cada 4 minutos a plataforma se movia 600 mm. Esse deslocamento acontecia a partir das duas extremidades da ponte, até que as seções “empurradas” se encontraram.

Ao longo de sua extensão, telas e painéis com dispositivos de quebra-vento foram adotadas de modo a reduzir em até 50% a incidência dos ventos e protegem a passagem de pedestres.

 

Quantitativos

A construção da ponte consumiu mais de 394 milhões de euros, com uma praça de pedágio 6 km a norte adicionando mais 20 milhões.

Foram utilizados 127.000 m³ de concreto, 19.000 toneladas de aço para a estrutura e mais 5.000 toneladas de aço pré-tensionado para o estaiamento. Os construtores afirmam que a ponte tem uma vida útil estimada em 120 anos.

Tráfego Local

O tráfego previsto no projeto era de 10.000 veículos por dia logo após a inauguração e de projetados 20.000 veículos em média diária no ano de 2010.

O tráfego real foi de 4.353.799 veículos em 2005, média diária de 11.928. Em 2006 foram 4.347.930, média diária de 11.912. Em 12 de agosto de 2006 registrou-se o recorde de 53.795 veículos que passaram sobre o viaduto. A quantidade é 8% maior que as previsões iniciais.

Tudo é Possível!

Com este exemplo de Estrutura e Arquitetura Monumental, percebemos que na Engenharia e na Arquitetura existe solução para tudo aquilo que se busca. Basta que haja aqueles com coragem para realizar e desenvolver Métodos e Sistemas que viabilizem a Ideia Projetada!

 

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