E eu lá preciso de Acessibilidade?
Sei que é um tema que muitas vezes parece repetitivo e já muito falado, mas precisamos estar sempre atentos às necessidades de um ambiente com relação a sua qualidade, funcionalidade e acessibilidade.
Este tema não diz respeito apenas à nós Arquitetos e Urbanistas, mas à todos que compõem o setor da construção civil e é claro aos usuários dos espaços projetados.
Em linhas gerais…
O Tema Acessibilidade trata de modo geral, de permitir que pessoas participem de atividades que incluam o uso de edifícios, produtos, serviços e informações, tendo elas, deficiência definitiva ou temporária.
De acordo com a ABNT NBR 9050, acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia, de edificações, espaços mobiliários, vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo.
Importante!
Um exemplo simples de acessibilidade dentro de casa, está na inserção de barras de apoio em banheiros, pisos planos e antiderrapantes, iluminação adequada em áreas de circulação, inclusive a utilização de botões de emergência nos cômodos da residência.
Essas preocupações, além de facilitar o dia a dia, contribuem para promover o bem estar e sociabilização dos moradores, além de ajudar a evitar possíveis acidentes, limitações e desconfortos.
Para que haja uma unificação das linguagens que tratam de acessibilidade, hoje falamos de um Desenho Universal.
Desenho Universal
Consiste em soluções simples que atendem as tipologias humanas sem a utilização de tecnologias sofisticadas e de custo acessível. É importante ressaltar que uma construção adaptável tenha em seu custo final cerca de 1% a mais que uma construção convencional.
Homem Padrão
Em 1960 nos Estados Unidos, nasce o conceito do homem padrão, como resposta à necessidade de utilização de produtos e ambientes por todos em sua máxima extensão possível, sem a necessidade de adaptações específicas (individuais).
O desenho Universal vem como uma forma de recriação do Homem Padrão. Este, inclui produtos acessíveis a todas as pessoas, independentemente se suas características pessoais, idade ou habilidade.
De acordo com a autora do livro Desenho Universal “A meta é que qualquer ambiente ou produto seja alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, de sua postura ou mobilidade”. Além disso, valoriza o usuário ao longo de sua vida, uma vez que suas características e atividade mudam de acordo com a fase.
Refletir!
Tornar o espaço público e as edificações acessíveis, dentro do conceito do Desenho Universal, é pensar a cidade futura, onde todos têm acesso à educação, esporte, lazer, trabalho e transporte. É promover a cidadania, diminuindo a desigualdade social (CREA-SP).